Economia

Dólar sobe para R$ 5,52 e alcança maior valor em quatro meses

Bolsa cai 0,79% e volta aos 157 mil pontos


Em 17/12/2025 19:50 por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
FOTO: © Valter Campanato/Agência Brasil
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Em mais um dia de instabilidade no mercado financeiro, o dólar ultrapassou a barreira de R$ 5,50 pela primeira vez desde outubro, atingindo o maior valor desde o início de agosto. A bolsa de valores voltou a cair e aproximou-se dos 157 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (17) vendido a R$ 5,522, com alta de R$ 0,06 (+1,09%). A cotação operou em alta durante toda a sessão, chegando a R$ 5,53 na máxima do dia, por volta das 14h.

Em alta pela quarta vez seguida, a moeda estadunidense fechou no maior valor desde 1º de agosto. A divisa sobe 3,5% em dezembro, mas cai 10,63% em 2025.

O mercado de ações também teve uma sessão turbulenta. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 157.327 pontos, com recuo de 0,79%. Essa foi a segunda queda consecutiva do indicador.

Como nos últimos dias, tanto fatores internos como externos influenciaram o mercado financeiro. No cenário internacional, o dólar teve pequena alta diante das principais moedas internacionais em meio a incertezas sobre os juros nos Estados Unidos após o país criar mais empregos que o previsto em novembro.

O clima político e econômico brasileiro, no entanto, pesou mais nas negociações. As negociações em torno das pré-candidaturas às eleições presidenciais no próximo ano pressionaram o mercado. Além da incerteza em relação ao início da queda da Taxa Selic (juros básicos da economia) pelo Banco Central (BC).

A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira (16), não deixou claro quando o BC começará a reduzir a Selic. Juros altos estimulam a migração de investimentos da bolsa para a renda fixa.

Em relação ao câmbio, as remessas de lucros de filiais de empresas estrangeiras para outros países, típicas de fim de ano, elevam a demanda por dólares, pressionando a cotação.

*Com informações da Reuters

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